Três noivas “casam” no Brasil

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GAYLES.TV.- O conceito de família tradicional foi dinamitado em um cartório do Rio de Janeiro por estes três mulheres que acabaram de oficializar seu relacionamento. Trata-se de uma empresária e uma dentista de 32 anos e uma gestora administrativa de 34 anos que moram juntas há 3 anos e que, diante da situação iminente de uma delas ter um filho por inseminação artificial, decidiram fornecer cobertura legal para sua situação.

A escritura que os reconhece como família estabelece a separação de bens e o poder de cada um deles decidir sobre questões médicas que afetem qualquer um dos três. O documento também afirmava a intenção de que o bebê nascido de uma delas levasse os sobrenomes das três. Por fim, estabeleceram três testamentos nos quais distribuíam seus bens igualmente em caso de morte.

Em declarações ao jornal “Ó Globo”, a empresária afirmou: "Somos uma família. Nossa união é fruto do amor. Vou engravidar e estamos nos preparando para isso, inclusive financeiramente. A legalização é uma forma de nem o bebê nem nenhum de nós ficarmos desamparados. Queremos usufruir dos direitos quecasamento três mulheres Brasil Gayles.tv“Todo mundo tem, como licença maternidade.”

Fernanda de Freitas Leitão que é o cartório que oficializou o documento que reconhece a união das três mulheres, afirma que se baseia nos fundamentos do Supremo para reconhecer casais homossexuais em vigor desde 2011. “O pilar que sustenta qualquer relação familiar é o afeto . E essas três mulheres têm tudo para constituir família: amor, um relacionamento duradouro, intenção de ter filhos... Além disso, no direito privado, o que não é proibido é permitido. Não posso garantir-lhes direitos imediatos, terão de lutar judicialmente para apresentarem uma declaração conjunta ou contratarem um seguro de saúde, mas agora estão protegidos”, argumenta Freitas.

Dado que os tribunais brasileiros não possuem jurisdição específica para este tipo de união, muitas vozes dissidentes têm sido ouvidas atualmente. De acordo com Regina Beatriz Tavarés, advogado especializado em direito de família, “A poligamia no Brasil não tem respaldo constitucional. Não defendo um único tipo de família, mas o princípio da união fica sempre restrito às relações monogâmicas, a sociedade brasileira não aceita casamento de três pessoas, independente do sexo.” Por sua vez, o Colégio de Notários do Brasil Dissocia-se das decisões dos seus membros a título pessoal como já o fez numa união celebrada em 2012 também entre três mulheres.

Esta situação ocorre num Congresso dividido pela pressão exercida por políticos conservadores para preservar o modelo tradicional de família face a uma realidade social que os contradiz. Em relação a 1980, quando 75% dos agregados familiares eram constituídos por casais heterossexuais com filhos, hoje os novos tipos de famílias (homossexuais, mães solteiras, casais sem filhos, etc.) representam 56% do total.

O debate sobre o que já é conhecido como “poliamor” Serve-se e nesta questão, como em tantas outras que nos interessam nesta página, está comprovado que o movimento se demonstra caminhando.

Feliz e longa vida para esta família!!

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