John Lennon, um bissexual inibido?

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GAYLES.TV.- Lembro perfeitamente o que estava cozinhando no dia em que descobri que haviam assassinado John Lennon e lembro que comecei a chorar sozinho porque o mundo parecia um pouco mais bárbaro, mais vazio, mais absurdo. E pensei em Yoko Ono, na sua desolação absoluta, na sua dor. Ela que muitos viam como “a mamba negra dos Beatles” e que eu admirava apesar de tudo, porque era preciso ser muito Yoko para viver o que ela viveu com Lennon, para ser a presença que ela foi na vida dele. Hoje, porém, não compreendo a necessidade de fazer as declarações que pudemos ler para The Daily Beast.
John Lennon, Yoko Ono Gayles.tv

A artista japonesa revelou que em alguma ocasião conversou com John sobre bissexualidade e que ele confessou que se sentia bissexual, na verdade, que acreditava que todos somos em maior ou menor grau, mas que estava muito inibido para carregue-o para praticar e dormir com um homem. Yoko testemunhou que no início do ano ele foi assassinado John disse a ela "'Eu poderia ter feito isso, mas não consegui porque nunca encontrei alguém que fosse atraente o suficiente para mim. Eles teriam que ser não apenas fisicamente atraentes, mas também mentalmente muito avançado. E você não consegue encontrar pessoas assim.”
johnandbrian Gayles.tv

Todo esse assunto originou-se do fato de que aparentemente Brian Epstein, empresário e mentor da banda de Liverpool, era gay e apaixonado por Lennon, mas aparentemente eles não teriam levado seu relacionamento adiante, apesar dos intensos rumores sobre o assunto que se espalharam pouco antes de seu assassinato. Um filme “indie” chamado “As Horas e os Tempos” em que os personagens John e Brian aparecem juntos na banheira e até na cama. Sem falar nos vazamentos de fotos em situações mais ou menos enganosas com certas “celebridades” como a lendária imagem em que aparecem Yoko, John e Andy Warhol, que fala por si.Yoko, Lennon e Warhol Gayles.tv

Na sua ideia de bissexualidade e sempre de acordo com o que Yoko Ono afirmou, Lennon pensava que escondemos uma parte da nossa sexualidade, que é menos aceitável socialmente. Talvez sim ou talvez não, mas me pergunto que direito temos de revelá-lo? e até que ponto isso é relevante e ainda mais se considerarmos que nem Lennon nem Epstein estão aqui para negá-lo ou confirmá-lo.

Brian Epstein morreu jovem, muito jovem, aos 33 anos, deixando um legado colossal ao mundo com o empurrão que deu aos Beatles. E também muito antes de Lennon, em 1967, exatos 13 anos antes. John Lennon, anos depois, resumiu em uma frase o impacto que a morte de Epstein teve na banda: “Quando Brian morreu, eu sabia que era o fim de tudo”.

Talvez seja um sentimento contraditório, mas insisto, não entendo muito bem a necessidade de sair por aí tirando mortos dos armários, é melhor quem ainda está vivo sair por conta própria.

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