foto: Marina San José e Carlota Olcina, o casal protagonista de “Amar In Troubled Times”
EDITORIAL.- Há apenas uma semana comentamos no Gayles.tv a intervenção de Sandra Barneda no programa “Fale com eles”. Muita coisa aconteceu neste sentido nestes 7 dias, toda uma enxurrada de críticas e contracríticas. A principal razão é que, em nenhum momento da sua intervenção, Sandra afirmou ser lésbica. Ele falou sobre os direitos do “povo” e se manifestou contra os “lobbies” sexuais. De tudo o que li destaco uma frase de José Luís Serrano, matemático e escritor, “Nos anos oitenta eu também me apaixonei pelas pessoas, mas essas pessoas tinham pau”. Limpe a água. E quanto aos lobbies (termo muito querido pela direita mais recalcitrante para definir grupos activistas pelas liberdades sexuais), talvez a sua luta tenha tido algo a ver com Sandra ter conseguido expressar, mesmo com eufemismos, a sua condição sexual num programa de televisão. .
O fato é que as pessoas não são marginalizadas, ignoradas, criticadas, presas ou executadas por serem “pessoas”, mas por serem gays, lésbicas, transexuais, bissexuais, ou o que é o mesmo, um viado, uma sapatão, um viajante ou que navega a motor e vela. Os eufemismos, as cortinas de fumaça, só servem para fazê-los deixar-nos, deixá-los, viver em paz no armário.
Enquanto heterossexualidade continua sendo a norma, é importante que as celebridades, aquelas que ditam a moda, as tendências, a opinião pública, reconheçam e vivam normalmente a sua condição sexual. Porque nos ajuda a ser mais visíveis, porque ajuda a normalizar orientações que muitos continuam a perceber como aberrações e porque faz com que aqueles que permanecem trancados em armários escuros se sintam menos sozinhos, menos estigmatizados.
O sinal para sair do armário já soou, para todos, mas principalmente para os famosos. É claro que, se forem revelados, não deverá ser para esconder a origem da discriminação em busca de aceitação social. É por isso que eles ficam dentro de casa. Ninguém a forçou, mas foi muito simples, abra a boca e diga “Eu sou lésbica, ponto final"
Editorial Gayles.tv
Televisão online
Obrigado Gayles.tv, claro, claro…
Nenhum amor é ilegal, todos temos o direito de ser, queremos muito ser porque nos escondemos atrás de uma cortina, a única coisa que consegue é que cada vez nos sintamos mais sozinhos e distantes do mundo, se sou lésbica, Eu digo e pronto, não vou ficar calado e me retirar porque o que os outros dizem no final das contas, quanto mais nos criticam, maior deve ser a inspiração para seguir em frente sem nada nem ninguém. pisoteando-nos apenas por sermos gays ou lésbicas.
Claro, La Gata. Um grande exemplo é a Rússia. Deixo-vos o link de um artigo que certamente lhe interessará: http://gayles.tv/news/la-lucha-sigue-viva-en-rusia-donde-la-libertad-ha-encontrado-su-precio-ni-siquiera-en-el-miedo/
Bom, me parece muito bom que o amor seja de graça, cada pessoa tem o direito de dar seu amor a quem mais quiser e você pode ser feliz como seu coração sente. Não vejo razão para discriminar uma pessoa por causa de sua condição sexual.
Bem vinda Mercedes! Muito obrigado pela sua mensagem que compartilhamos na íntegra.