O nome significativo, o gênero significativo

nome morto O nome significativo, o gênero significativo

Não respeitar o nome de feltro de uma pessoa transexual já tem nome: “deadnaming”

GAYLES.TV.- Ontem o mundo celebrou o “Dia da Visibilidade Transexual” e os meios de comunicação social, infelizmente não todos, ecoaram em maior ou menor grau a situação em que vive cerca de 1% da população, demonstrando claro desacordo com o seu sexo biológico.

Poderíamos repetir aqui os manifestos, as reivindicações, as reclamações, as estatísticas e os ultrajes a que são submetidas dia após dia as pessoas que compõem este grupo, mas não o faremos. Preferimos nos distanciar um pouco e nos referirmos a uma questão que pode parecer menor, mas que representa uma queixa importante: o uso do nome antigo para nos dirigirmos a uma pessoa que passou por uma transição de gênero. Em alguns casos, como o do conhecido fotógrafo Mar C. Llop, a semelhança fonética com o nome que seus pais lhe deram ao nascer ameniza o erro, mas se seu nome é Chelsea e em uma entrevista te chamam de Bradley, nome que não te representa há mais de 5 anos, o gesto representa completo -agressividade soprada.

Foi exatamente isso que aconteceu Chelsea Manning em uma entrevista para Al Jazeera o que ele fez Pedro Greste. Em diálogo por videoconferência, ele se referiu a Chelsea pelo antigo nome e o entrevistado o interrompeu abruptamente com a frase: “Por favor, não me chame de morto". Palavra difícil de traduzir que passaria a significar “o nome morto”.

Nem todos na comunidade transexual concordam com esta definição, pois muitos consideram que não se trata de matar o que você era e o que o representava, mas sim de um estado de transição, de evolução de um nome passado.

Caitlyn Jenner

Seja como for, sempre que alguém pergunta a uma pessoa trans “Qual era o seu nome antes?” ou pior ainda: “Qual é o seu nome ‘real’?” estaria comentando nome morto. Outra prática que poderia ser definida desta forma seria a publicação de fotografias pré-trânsito com legendas do antigo nome. Uma situação que muitas vezes experimentamos Caitlyn Jenner com fotos de sua época como medalhista olímpico como Bruce Jenner.

Uma notícia que estaria ligada a esse assunto é a proibição de nome morto en Twitter. Desde o final de Novembro, quando as práticas que poderiam constituir uma “conduta odiosa” Na rede social, qualquer usuário que se referir a uma pessoa trans pelo nome antigo poderá ter sua conta encerrada por tempo ou por tempo indeterminado.

Uma prática semelhante que também é penalizada pelo Twitter é a misgender o que seria uma espécie de negação da transexualidade. Um exemplo é o da feminista canadense Megan Murphy quando eu postar na sua conta isso “homens não são mulheres” incorrendo em um erro que levou ao encerramento temporário de sua conta.

São aspectos a ter em conta porque envolvem muito mais do que supomos. Bruce H Lipton explica em seu livro "A biologia da crença", uma prática comum em  cinesiologia que consiste em resistir a certas pressões contrárias ao dizer o nosso nome. Quando se pede à pessoa que exerça a mesma pressão, dizendo um nome do sexo oposto, caso não seja capaz, o subconsciente se rebela e confronta a mente consciente. Você não pode dizer “eu sou Juan” e manter a pressão se sentir “eu sou Maria”. Assim de simples.

fonte: elpais.com

Fotografia: mtalusan. com

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