EDITORIAL.- Esta semana trouxemos para vocês o vídeo de um menino contando ao pai que era gay tomando uma xícara de café. Você está pensando em se assumir e não sabe por onde começar? Você teme as consequências? Seus amigos sabem, mas sua família não ou vice-versa? Assumir-se é uma decisão muito pessoal que cada pessoa deve tomar ou não de acordo com suas necessidades, convicções ou momento de vida. Por outro lado, não é a mesma coisa fazê-lo aos 15 anos num ambiente escolar menos tolerante ou aos 40 se for casado ou torná-lo público no trabalho, com os pais, numa cidade, numa cidade pequena . As saídas possíveis são tantas quantos são os indivíduos e embora se possa ter uma opinião sobre o assunto, não deve haver debate sobre se é ou não aconselhável fazê-lo, cada um com a sua vida.
Em qualquer caso, há algo que é comum à maioria dos gays e lésbicas e é que normalmente a gente não sai do armário um dia e pronto, passamos a vida no genitivo, saindo, tornando visível. Seja porque mudamos de emprego, porque ingressamos numa nova atividade de lazer, ou porque somos apresentados a pessoas desconhecidas. Obviamente nem sempre é necessário registrar logo no início a nossa orientação sexual, mas mais cedo ou mais tarde a questão acaba surgindo e temos que decidir novamente se fingimos ou nos limitamos a mostrar quem somos sob o risco de sofrer mal-entendidos ou rejeição. A boa notícia é que há cada vez mais aceitação e felizmente você pode começar a viver sem precisar se “desarmar”, simplesmente porque há pessoas que nunca estiveram lá dentro.
Mas se esse não é o seu caso e você está pensando em fazer isso, aqui vão algumas dicas de bom senso que podem te ajudar.
- Não faça filmes catastróficos antes do tempo, muito provavelmente eles não reagirão muito mal ou até mesmo ficarão felizes por você finalmente estar compartilhando algo que eles já sentiram.
- O teste do algodão. Comece com seu melhor amigo, entre outras coisas porque se você ainda não sabe, que tipo de amizade é essa? Se ele reagir mal você pode trocar de amigos e se ele aceitar bem você já tem um cúmplice.
- Acima de tudo, fique calmo. Tem gente para tudo e alguns pais podem perder a paciência quando você conta e bagunçar San Quentin, não se preocupe, como se não fosse você. Se eles gritarem, chorarem e rasgarem suas roupas, continue como um Buda, eles vão superar isso e se você se meter em encrencas você só vai conseguirVocê vai piorar as coisas.
- Não fique obcecado com o momento certo. Não há necessidade de ser solene como “Temos que conversar”, geralmente é muito melhor se surgir “espontaneamente”. Aproveite um programa de TV sobre o assunto, ou comente uma notícia, ou simplesmente seja original e arrisque. Quem pode reagir mal a um bolo de aniversário com 18 velas e o texto “aliás, sou gay” ou “sou gay”…? Você apaga as velas e pergunta “o que, vamos brindar?”
- Finalmente, se você sente que está cansado de se esconder e de levar uma vida dupla, mas se move em um ambiente hostil (especialmente se você é adolescente), tentar aconselhá-lo e procurar ajuda de associações ou publicações. A Internet está repleta de referências e listas de locais que terão todo o prazer em ajudá-lo.
Mas acima de tudo sem pressaNão vem de um dia, de uma semana ou mesmo de meses, trata-se de internalizar que você tem o direito de ser quem você é e de viver sua vida abertamente, sem armários e sem mentiras. Quando você sentir a força dessa convicção dentro de você, aí sim, chute a porta do armário e saia para respirar um pouco de ar puro.
Sorte!
Editorial Gayles.tv
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Adoro o tipo de conselho que eles dão…. Continuem assim..!! Passar por essa fase foi algo muito difícil, pois decidi me tornar trans diretamente...