Na década de 70, a banda americana de Southern Rock Lynyrd Skynyrd popularizou o assunto “Doce lar Alabama” em resposta a uma música Neil Youngg que foi intitulado "Alabama". Young denunciava o racismo e a escravidão no sul dos Estados Unidos, enquanto os rapazes do Lynyrd Skynyrd pensavam que todos os habitantes da região eram culpados quando na realidade eram apenas casos isolados de racismo.
Seja como for, o facto é que o Sul sempre foi mais conservador e resistente às mudanças sociais e às melhorias para as minorias. E os direitos LGTBI não diferiram muito dos direitos raciais. Até à data, gays e lésbicas viram como as conquistas adquiridas pelos seus concidadãos noutros estados foram interrompidas quando chegaram às suas fronteiras.
o Tribunal Supremo decidiu que o Alabama não tem o poder de proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, negando assim o pedido do juiz Roy Moore que, até a noite anterior, mantinha a decisão de que nenhuma certidão de casamento fosse assinada até que o Supremo Tribunal decidisse. Embora o Alabama deva cumprir a decisão, isso não significa que o direito dos homossexuais de se casarem tenha sido reconhecido. Essa decisão terá que ser enfrentada pelo tribunal superior em junho e, se positiva, afetará todos os estados por se tratar de uma lei federal.
Claramente Alabama, Geórgia e Louisiana, constituem a região mais conservadora e reticente do país quando se trata de apoiar o casamento igualitário, apenas 41% em comparação com 61% na costa leste, mas não é menos verdade que está a ocorrer uma profunda transformação que tornou esse apoio crescer, de 25% em 2003 para 44% hoje em todo o Sul.
Enquanto os juízes debatem os prós e os contras deste longo e transformador processo, as dezenas de casais homossexuais que esperavam do lado de fora dos tribunais do Alabama para se casarem puderam ver o seu sonho tornado realidade.
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